Resumo e Análise da Participação Brasileira na Primeira Semana da Liga das Nações de Vôlei 2025

A primeira semana da Liga das Nações de Vôlei (VNL) 2025, disputada entre 4 e 15 de junho, marcou o início da campanha das seleções brasileiras masculina e feminina em uma das competições mais prestigiadas do voleibol mundial. Jogando em casa, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, o Brasil teve a chance de mostrar sua força diante de uma torcida apaixonada e adversários de alto nível. Neste texto, apresentamos um resumo dos resultados e uma análise detalhada do desempenho das equipes na semana inicial, além de perspectivas para o restante do torneio.

Vôlei Feminino: Um Início Promissor com Desafios à Vista

A seleção feminina, sob o comando de José Roberto Guimarães, entrou na VNL com o objetivo de conquistar o título inédito, após três vice-campeonatos (2019, 2021 e 2022). Com um elenco que mistura juventude e experiência, o time contou com destaques como Julia Bergmann e a capitã Macris, enquanto aguardava a chegada de Gabi, uma das estrelas da equipe, a partir da segunda semana.

Resultados da Primeira Semana

  • 4 de junho: Brasil 3 x 0 República Tcheca (25/19, 25/14, 25/22)

  • 5 de junho: Brasil 3 x 1 Estados Unidos (25/21, 22/25, 25/18, 25/20)

  • 7 de junho: Brasil 3 x 0 Alemanha (25/17, 25/19, 25/21)

  • 8 de junho: Brasil 1 x 3 Itália (22/25, 25/23, 20/25, 18/25)

A campanha começou com uma vitória dominante sobre a República Tcheca, estreante na competição, seguida por triunfos sobre os Estados Unidos, em um jogo disputado, e Alemanha, com mais facilidade. O único revés veio contra a Itália, uma das favoritas ao título, em um confronto que revelou pontos a serem ajustados.

Análise do Desempenho

O Brasil mostrou consistência em três dos quatro jogos, com destaque para o sistema defensivo e o bloqueio nas vitórias contra República Tcheca e Alemanha. Julia Bergmann foi peça-chave no ataque, assumindo a liderança em momentos cruciais. A derrota para a Itália, no entanto, expôs fragilidades na recepção e na eficiência ofensiva, especialmente sem Gabi em quadra. Zé Roberto Guimarães destacou a importância do aprendizado: "A Itália nos mostrou onde precisamos melhorar. Vamos ajustar a recepção e buscar mais regularidade."

Com três vitórias em quatro partidas, o saldo foi positivo, mas o duelo contra as italianas serviu como alerta para os desafios futuros.

Vôlei Masculino: Resiliência e Força em Casa

Comandada por Bernardinho, a seleção masculina trouxe um elenco renovado, sem alguns veteranos como Ricardo Lucarelli, poupado por lesão. Jogando no Maracanãzinho, o time buscava repetir o sucesso do título de 2021 e mostrou garra diante da torcida.

Resultados da Primeira Semana

  • 11 de junho: Brasil 3 x 0 República Islâmica do Irã (25/20, 25/18, 25/22)

  • 12 de junho: Brasil 2 x 3 Cuba (25/23, 22/25, 25/20, 23/25, 13/15)

  • 14 de junho: Brasil 3 x 2 Ucrânia (19/25, 14/25, 25/22, 25/23, 15/10)

  • 15 de junho: Brasil 3 x 0 Eslovênia (25/19, 29/27, 25/19)

A estreia foi tranquila contra o Irã, mas a derrota para Cuba em um tie-break apertado revelou inconsistências. A recuperação veio com uma virada emocionante sobre a Ucrânia, após estar perdendo por 2 a 0, e o encerramento da semana foi marcado por uma vitória convincente contra a forte Eslovênia.

Análise do Desempenho

O masculino teve uma semana de altos e baixos. A derrota para Cuba expôs problemas no saque e na defesa, mas a resposta contra a Ucrânia demonstrou resiliência, com destaque para o levantador Fernando Cachopa e o líbero Maique, líderes em suas posições. O triunfo sobre a Eslovênia, uma das melhores seleções do mundo, reforçou o potencial do time. Bernardinho valorizou o apoio da torcida: "A energia do Maracanãzinho foi essencial. Precisamos manter o foco agora."

Com três vitórias e uma derrota, o Brasil terminou a semana em alta, mas com ajustes a fazer.

Conclusão: Um Saldo Positivo e Expectativas para o Futuro

As seleções brasileiras encerraram a primeira semana da VNL 2025 com desempenhos promissores. O feminino somou três vitórias em quatro jogos, mostrando força, mas precisando de consistência contra adversários de elite como a Itália. O masculino também conquistou três triunfos, destacando-se pela capacidade de superação e pela atuação dominante contra a Eslovênia.

Nas próximas etapas, os desafios aumentam. O feminino enfrentará Bélgica, Canadá, República Dominicana e Turquia em Istambul, enquanto o masculino terá Canadá, China, Itália e Polônia em Chicago. Com a fase final em julho, o Brasil busca aprimoramento para chegar ao mata-mata em sua melhor forma.

A torcida, que lotou o Maracanãzinho, foi um diferencial na semana inicial e agora acompanha à distância, confiante de que as seleções podem brigar pelo pódio na VNL 2025.

Bola oficial de vôlei FIVB no chão de quadra de vôlei, ao lado de uma parede com anúncio do campeonato Volleyball Nations League.

Crônica: Brasil x EUA – Um Show de Vôlei no Maracanãzinho

Noite de 5 de junho de 2025, Maracanãzinho, Rio de Janeiro. O ginásio pulsava com a energia de uma torcida que transformava cada ponto em uma explosão de emoção. Era Brasil contra Estados Unidos, um clássico do vôlei feminino na Liga das Nações (VNL), e o que se viu em quadra foi mais do que uma partida – foi um espetáculo de garra, técnica e paixão.

Desde o apito inicial, o Brasil entrou com fome de vitória. A seleção, comandada pelo maestro José Roberto Guimarães, sabia que enfrentar as americanas não seria tarefa fácil. Mesmo sem Karch Kiraly à frente do time dos EUA pela primeira vez em 12 anos, as adversárias vinham com um elenco renovado e perigoso. Mas o Brasil tinha um trunfo: a torcida, que cantava sem parar, e jogadoras que pareciam absorver cada grito como combustível.

O primeiro set começou com Ana Cristina mostrando por que é uma das estrelas da nova geração. Com ataques precisos e uma presença de quadra que intimidava, ela liderou a pontuação brasileira. O bloqueio, com Julia Kudiess e Lorena Viezel, funcionava como uma muralha, neutralizando as tentativas americanas. O placar, 25 a 18, refletia a superioridade brasileira, que soube controlar o ritmo e explorar os erros do adversário.

No segundo set, os EUA tentaram reagir. Ajustaram a defesa e apostaram em saques mais agressivos, mas o Brasil não se abalou. Tainara Santos, com sua explosão ofensiva, e Julia Bergmann, com bloqueios e ataques oportunos, mantiveram a seleção no comando. A torcida, sentindo o momento, entoava “Eu sou brasileiro, com muito orgulho!” enquanto o placar marcava 25 a 17. Era o Brasil ditando as regras, segurando as americanas abaixo dos 20 pontos – uma façanha que mostrava o domínio tático da equipe.

O terceiro set trouxe um Brasil ainda mais solto. Zé Roberto aproveitou para dar minutos às reservas, testando a profundidade do elenco. Mesmo com mudanças, a seleção não perdeu o brilho. Ana Cristina, com 20 pontos no total (16 de ataque, 2 de bloqueio e 2 de saque), foi a maior pontuadora, mas o coletivo brilhou: Tainara com 12 pontos, Lorena com 8 e Julia Bergmann com 8. O set fechou em 25 a 19, selando uma vitória por 3 a 0 que fez o Maracanãzinho tremer.

Mais do que os números, o que ficou na memória foi a entrega. Cada defesa impossível, cada ataque cortando a quadra como uma flecha, cada comemoração vibrante com a torcida. O Brasil não apenas venceu – dominou. Foi uma aula de vôlei, um recado de que a seleção feminina está mais viva do que nunca na busca pelo inédito título da VNL.

Quando o apito final soou, a quadra se transformou em uma festa. As jogadoras, abraçadas, agradeciam à torcida, que respondia com aplausos e cantos. No Maracanãzinho, naquela noite, o vôlei brasileiro mostrou sua essência: talento, coração e uma união que faz a diferença. Que venha a Alemanha no próximo jogo, porque este Brasil está pronto para voar ainda mais alto.

Brasil 3 x 0 República Tcheca: A estreia brasileira foi marcante, com a equipe mostrando superioridade em todos os sets. O jogo, realizado no Maracanãzinho, contou com uma torcida vibrante, e a vitória por 3-0 (25/21, 25/20, 25/17) reflete o domínio técnico e tático. Ana Cristina foi a maior pontuadora, com 16 pontos, enquanto Tainara adicionou 12 e Júlia Bergmann 9. A capitã Macris também se destacou com dois aces e uma distribuição eficiente, guiando o time. Este resultado é um recado às adversárias, indicando que o Brasil está pronto para competir pelo título inédito.

  1. Japão 3 x 0 Países Baixos: O Japão começou a competição com uma vitória convincente, vencendo por 3-0 com parciais de 25/17, 25/15 e 25/16. A equipe asiática mostrou uma defesa sólida e ataques precisos, enquanto os Países Baixos não conseguiram encontrar um ritmo, especialmente no segundo e terceiro sets.

  2. Polônia 3 x 0 Tailândia: A Polônia também venceu por 3-0, mas em sets mais disputados, com parciais de 25/22, 26/24 e 25/22. A Tailândia ofereceu resistência, especialmente no segundo set, mas a experiência e o poder de ataque da Polônia prevaleceram, garantindo a vitória.

  3. China 3 x 0 Bélgica: A China dominou a Bélgica por 3-0, com parciais de 25/18, 25/27 e 25/13. O primeiro set foi tranquilo, e apesar de uma luta maior no segundo, a China fechou o jogo com autoridade no terceiro set, mostrando força para a competição.

  4. França 1 X 3 Turquia

  5. Estados Unidos 0 X 3 Itália.

  6. Republica Dominicana 3 X 2 Servia