Crônica: Bahia 2 x 1 Vitória – Um Ba-Vi de Superação na Arena Fonte Nova
No dia 18 de maio de 2025, a Arena Fonte Nova, em Salvador, pulsou com a paixão de mais um Ba-Vi, válido pela 9ª rodada do Brasileirão Betano. Bahia e Vitória protagonizaram um clássico eletrizante, marcado por reviravoltas, expulsões e, acima de tudo, a garra do Esquadrão de Aço, que, mesmo com um jogador a menos desde o início, venceu por 2 a 1, com gols de Everaldo “Pulga” e Michel Araújo. Esta crônica celebra a vitória tricolor e a alma de um time que transformou adversidade em glória, perfeita para compartilhar no seu site e inflamar a torcida.
O Cenário: Um Clássico Sob Pressão
O Ba-Vi de hoje carregava o peso de uma rivalidade centenária. O Bahia, sob o comando de Rogério Ceni, vinha de uma campanha irregular no Brasileirão, mas com a confiança renovada após avançar na Copa Sul-Americana. Já o Vitória, tentando se firmar na Série A, apostava na força de seu meio-campo para surpreender. Às 16h, com a Fonte Nova lotada e o sol baiano iluminando o gramado, a expectativa era de um jogo pegado, como todo clássico exige. Mas ninguém previa o drama que se desenrolaria logo nos primeiros minutos.
Primeiro Tempo: Expulsão, Resiliência e o Gol de Pulga
O Bahia entrou em campo com uma escalação ousada, mantendo Caio Alexandre e Everton Ribeiro como volantes, uma escolha arriscada de Ceni que levantou sobrancelhas. No entanto, o plano tricolor desmoronou cedo: com apenas dois minutos, Jean Lucas cometeu uma falta dura e recebeu o cartão vermelho direto, deixando o Bahia com 10 jogadores. O cenário parecia o “pior possível” para um Ba-Vi, como apontaram torcedores nas redes sociais. A torcida prendeu a respiração, e o Vitória, sentindo o cheiro de sangue, partiu para o ataque.
Claudinho, do Vitória, aproveitou a vantagem numérica e, em uma falha de marcação, abriu o placar, silenciando momentaneamente a Fonte Nova. Mas o Bahia, ferido, não se rendeu. Contra todas as probabilidades, Ceni manteve a dupla de volantes improváveis, e o time respondeu com coragem. Aos 36 minutos, a mágica aconteceu: Caio Alexandre, com precisão cirúrgica, encontrou Everton Ribeiro, que lançou Everaldo, carinhosamente chamado de “Pulga”. O atacante, que não marcava há oito jogos, quebrou o jejum com um golaço, driblando a defesa e finalizando com frieza. A Fonte Nova explodiu, e o empate por 1 a 1 no intervalo reacendeu a esperança tricolor.
Segundo Tempo: A Virada Uruguaia e a Vitória Épica
O segundo tempo começou com o Bahia ajustado taticamente, compensando a desvantagem numérica com organização e coração. O Vitória tentou pressionar, mas esbarrou na solidez da defesa tricolor, liderada por Gabriel Xavier. Aos 21 minutos, a genialidade uruguaia brilhou: Everaldo “Pulga” iniciou a jogada, Joaquín Acevedo brigou de carrinho pelo rebote e, de cabeça, deixou a bola viva na área. Michel Araújo, com oportunismo, empurrou para o fundo das redes, marcando o 2 a 1 e incendiando a torcida. A assistência de Acevedo, creditada oficialmente a Tiago, foi um momento de pura raça.
O Vitória ainda teve chances, especialmente nos sete minutos de acréscimos, mas o Bahia, com unhas e dentes, segurou o resultado. Marcos Felipe fez defesas cruciais, e a zaga tricolor foi um muro. Quando o apito final soou, a Arena Fonte Nova virou um caldeirão de emoção: o Esquadrão, mesmo com um a menos, venceu o maior rival por 2 a 1, em um dos Ba-Vis mais memoráveis dos últimos anos.
Destaques: Pulga, Michel e a Alma Tricolor
Everaldo “Pulga” foi o nome do jogo. Após um jejum de oito partidas, seu gol de empate no primeiro tempo mudou o rumo do clássico, mostrando por que é um dos favoritos da torcida. Michel Araújo, com o gol da virada, comprovou sua importância no elenco, enquanto Caio Alexandre e Everton Ribeiro, improvisados como volantes, foram os motores de uma vitória improvável. Rogério Ceni, criticado pela escalação inicial, saiu como herói, provando que, às vezes, o risco é o caminho para a glória.
Do lado do Vitória, Claudinho marcou, mas a passividade na marcação, como apontado por analistas, custou caro. O Leão tentou, mas não conseguiu superar a determinação tricolor.
Impacto e Mensagem para a Torcida
A vitória por 2 a 1 não foi apenas sobre três pontos no Brasileirão. Foi um testemunho da alma do Bahia, um time que, mesmo em desvantagem, honrou sua história e sua torcida.
Notas dos Jogadores
Bahia
Marcos Felipe 7,5
Gilberto 6,0
David 6,5
Santiago Ramos 6,5
Luciano Juba 6,0
Caio Alexandre 6,0
Jean Lucas 2,0
Éverton Ribeiro 6,0
Cauly 5,5
Erick Pulga 7,0
Erick 6,0
Michel Araújo 7,0
Nicolás Acevedo 6,0
Tiago 5,5
Willian José 5,5
Vitoria
Lucas Willians 5,0
Claudinho 5,0
Edu 5,5
Lucas Halter 5,0
Jamerson 6,0
Ricardo 5,0
Ronald 5,0
Baralhas 5,0
Wellington Rato 5,5
Renato Kayzer 6,0
Osvaldo 5,5
Carlos Eduardo 5,5
Erick 6,5
Gustavo Mosquito 4,4
Janderson 5,0
Pepe 2,0