Empate Amargo: Quando o Verde Perde Seu Brilho sob o Comando de Abel

Ah, o futebol, esse espelho da alma humana, onde vitórias e derrotas se entrelaçam como fios de um tapete persa, revelando padrões de glória e frustração. Na noite de ontem, 16 de julho, no Allianz Parque – esse coliseu moderno onde o Palmeiras costuma rugir como um leão –, o Verdão enfrentou o modesto Mirassol em um duelo pela 14ª rodada do Brasileirão 2025. O que poderia ser uma sinfonia de gols transformou-se em um empate 1 a 1, um resultado que ecoa como um suspiro cansado, um lembrete de que nem sempre o talento basta quando a estratégia falha.

Pense nisso, caro leitor: o Palmeiras, com sua constelação de estrelas – Veiga, Ríos, Facundo Torres –, toma a frente aos 54 minutos, com um gol poético de Torres, assistido por um calcanhar mágico de Veiga após lançamento de Ríos. Um momento de pura inspiração, como se o futebol lembrasse sua essência artística. Mas então, aos 76 minutos, Chico da Costa, pelo Mirassol, iguala de bola parada, explorando uma falha defensiva que mais parece uma brecha na alma do time. O Allianz, outrora fervente, termina em vaias, um coro de descontentamento que paira no ar úmido da noite paulistana.

E aqui entro no cerne da questão, com o coração apertado, mas a mente clara: Abel Ferreira, o treinador português que outrora nos encantou com taças e táticas europeias, parece ter perdido o fio da meada. Criticado por torcedores em fóruns e redes, ele é acusado de uma teimosia que beira a arrogância, de escalações que privilegiam o conservadorismo em detrimento da ousadia.

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Ontem, mais uma vez, o Palmeiras dominou a posse de bola no primeiro tempo, criou chances com Felipe Anderson e Vitor Roque, mas faltou a faísca, o ímpeto para transformar superioridade em gols. Abel optou por uma abordagem reativa, esperando o erro do adversário em vez de impor o ritmo – e quando o gol veio, o time recuou, convidando o empate como um hóspede indesejado.

Não é a primeira vez. Desde o Paulista, o Verdão patina em uma sequência sem vitórias que cheira a crise, com 23 pontos em 12 jogos, ameaçando cair do G-6.

Abel responde às críticas com frases feitas, falando de "processo" e "equilíbrio", mas onde está o fogo sagrado? Por que deixar talentos como Ramón Sosa no banco, debutante que poderia injetar velocidade, enquanto o time se arrasta em um segundo tempo sonolento?

Sua insistência em um esquema defensivo, que já rendeu títulos, agora parece uma armadilha, queimando jogadores e frustrando uma torcida que sonha com o espetáculo, não com o pragmatismo frio. A vida, como o futebol, nos ensina que o equilíbrio é essencial, mas o excesso de cautela transforma heróis em meros sobreviventes. Abel Ferreira, com seu contrato até dezembro de 2025, precisa rediscutir sua filosofia, ou o Palmeiras corre o risco de se tornar um gigante adormecido.

Ontem, contra o Mirassol – time que segue invicto contra os grandes da capital –, vimos não só um empate, mas um alerta: o verde precisa de renovação, de ousadia, antes que o brilho se apague de vez.

Que o próximo jogo, contra o Atlético no domingo, traga reflexões e mudanças. Porque, no fim das contas, o futebol é sobre paixões, não sobre empates sem alma. Fiquem atentos, amigos, às lições do gramado aqui no site.