Guia do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia 2025: Tudo o que Você Precisa Saber

O Campeonato Mundial de Vôlei de Praia 2025, organizado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), promete ser um dos eventos mais emocionantes do calendário esportivo. Realizado em Adelaide, na Austrália, de 14 a 23 de novembro, a competição reúne os melhores duos do mundo em uma disputa acirrada pela coroa global. Com praias artificiais montadas no coração da cidade, o torneio combina ação de alto nível com um ambiente festivo, incluindo música, comida e entretenimento para toda a família. Neste guia, exploramos o formato da competição, os favoritos e, especialmente, as chances das duplas brasileiras, que historicamente dominam a modalidade.

O Formato da Competição

O Mundial de Vôlei de Praia segue um formato consolidado, projetado para testar a consistência e a resiliência dos atletas. São 96 duplas no total – 48 no masculino e 48 no feminino –, representando dezenas de países. A estrutura é dividida em fases principais:

  • Fase de Grupos (Pool Play): De 14 a 17 de novembro. As equipes são distribuídas em 12 grupos de quatro duplas cada. Cada time joga contra os outros três do grupo. Os dois primeiros de cada pool avançam diretamente para as oitavas de final, enquanto os terceiros colocados disputam uma rodada de repescagem (round of 32).

  • Fase Eliminatória: De 18 a 21 de novembro, com as oitavas, quartas e semifinais. As partidas são no sistema de eliminação simples, com sets de 21 pontos (e tie-break de 15 pontos se necessário).

  • Semifinais e Finais: Em 22 e 23 de novembro, respectivamente. As medalhas de ouro, prata e bronze são decididas nos confrontos decisivos no Centre Court, em War Memorial Drive.

O torneio ocorre em cinco quadras, com destaque para o "Green & Gold Super Session" no dia de abertura, que celebra as equipes australianas. A premiação total é de US$ 1 milhão, dividida igualmente entre masculino e feminino, além de pontos valiosos para o ranking mundial.

Os Favoritos ao Título

O vôlei de praia é uma modalidade imprevisível, onde o vento, a areia e a estratégia podem virar jogos. No masculino, os noruegueses Anders Mol e Christian Sørum, campeões olímpicos em Tóquio 2020, são os grandes favoritos, seguidos de perto pelos suecos David Åhman e Jonatan Hellvig, medalhistas de ouro em Paris 2024. Outros destaques incluem os qataris Cherif Younousse e Ahmed Tijan, e os americanos Miles Partain e Andy Benesh.No feminino, as americanas Sara Hughes e Kelly Cheng, campeãs mundiais em 2023, buscam o bicampeonato, mas enfrentam dura concorrência das alemãs Svenja Müller e Cinja Tillmann, e das letãs Tina Graudina e Anastasija Samoilova. O equilíbrio é tanto que surpresas, como vitórias de equipes emergentes da Ásia ou Europa, não são raras.

Categoria Feminina

O Brasil conta com cinco duplas fortes, o que demonstra a profundidade do talento nacional. A grande estrela é Ana Patrícia Ramos e Eduarda "Duda" Lisboa, as atuais campeãs olímpicas de Paris 2024. Elas estreiam contra as australianas Tara Phillips e Kayla Mears no dia 14, e são as principais favoritas ao ouro. Com uma parceria sólida, altura imponente (Ana Patrícia tem 1,94m) e experiência em grandes eventos, elas têm chances reais de conquistar o título mundial pela primeira vez juntas – Duda já foi vice-campeã em 2019. Sua forma recente no circuito as coloca no topo do ranking, e especialistas apontam uma probabilidade alta de pódio, acima de 70%, se mantiverem o foco.Outras duplas promissoras incluem:

  • Carolina "Carol" Solberg e Rebecca Cavalcanti: Veteranas com sucesso no Beach Pro Tour, elas lideram o ranking brasileiro atrás de Ana/Duda. Com boa química e vitórias recentes, têm chances de chegar às semifinais, especialmente se evitarem confrontos precoces com as compatriotas.

  • Thâmela Coradello e Victoria Lopes: Líderes na lista de entrada, elas entram em forma forte e podem surpreender, mirando quartas de final.

  • Vitória e Hegeile, e Andressa e Tainá: Duplas emergentes com potencial para upsets, mas com chances menores de medalha, focando em ganhar experiência.

No geral, o Brasil tem odds favoráveis para pelo menos duas medalhas no feminino, dado o histórico de dominância – o país venceu quatro dos últimos seis mundiais nessa categoria.

Categoria Masculina

No masculino, o Brasil envia sete duplas, um número impressionante que reflete a força da modalidade no país. Evandro Oliveira Junior e Arthur Lanci são os principais candidatos ao pódio. Recentes sucessos no circuito os posicionam como contenders, com chances de ouro se superarem os europeus. Evandro, com sua potência no saque, e Arthur, na defesa, formam uma dupla equilibrada, e analistas estimam 50% de probabilidade de medalha.Destaques adicionais:

  • André e Renato: Jovens talentosos, com potencial para semifinais se mantiverem consistência.

  • George e Saymon: Experientes, podem brilhar em jogos decisivos.

  • Guto e Vitor Felipe, Vinícius e Heitor, Adelmo e Mateus, e Arthur e Adrielson: Equipes com bom ranking, ideais para surpresas na fase de grupos, mas com chances menores de título.

Embora o masculino seja mais competitivo, o Brasil pode conquistar uma ou duas medalhas, consolidando sua posição como potência global.

Como Acompanhar o Torneio

Os jogos serão transmitidos ao vivo pela Volleyball World TV (plataforma oficial da FIVB) e possivelmente por canais esportivos como SporTV no Brasil. Para resultados em tempo real, acesse o site oficial da FIVB ou apps de esportes. Com o evento começando hoje (14 de novembro), fique de olho nas redes sociais para atualizações.O Mundial de 2025 não é só sobre competição – é uma celebração do vôlei de praia. As duplas brasileiras, com seu talento inigualável, têm tudo para brilhar em Adelaide e adicionar mais capítulos à rica história do esporte no país. Quem será coroado campeão? A areia dirá!